terça-feira, julho 29, 2014

O Primeiro Grito





O Primeiro Grito, é um documentário de Gilles de Maistre, que nos mostra uma visão global do mundo sobre o nascimento, a preparação das mulheres nas diferentes culturas, desde um parto aquático assistido por golfinhos no México, até um parto no deserto pelos Tuaregs. Assim mesmo, nos mostram os diferentes rituais ancestrais no contraparte da tecnologia nas sociedades ocidentais. É um documentário que sacode e emociona profundamente, dando uma visão global das diferentes práticas atuais para receber ao ser humano

Assista o Doc. e comente !!!






segunda-feira, julho 28, 2014

Terra fértil e sangue menstrual


Antigos registros indígenas dão conta de rituais feitos pelas mulheres durante o tempo da lua, ou seja, a menstruação. Elas acreditavam que o sangue menstrual trazia visões, sonhos especiais e poder de cura. De cócoras sobre a terra, as índias deixavam o sangue escorrer livremente e penetrar o solo “para nutrir a terra e garantir a manutenção da vida no planeta”. Era uma espécie de retribuição à energia vital, um jogo de equilíbrio que mantinha forte a ligação das mulheres com a terra e com Gaia – terra com “t” maiúsculo.

Já faz algum tempo, li um texto de uma líder indígena que dizia que os homens entraram em guerra na Terra quando as mulheres deixaram de jorrar seu sangue sobre a terra. Fatos históricos à parte, faz muito tempo que as mulheres não menstruam sobre a terra, sequer sentem o cheiro de seu sangue porque os absorventes industrializados trazem perfumes para disfarçar o aroma do sangue e confundir o olfato. A mulher anda tão distante de seu ciclo natural que sente nojo do próprio sangue, prefere não senti-lo, não vê-lo.


Há cinco anos, adotei o absorvente ecológico em meus “tempos da lua” . A experiência começou para alimentar minha curiosidade sobre como faziam as mulheres antes dos descartáveis – e também para ver se eu seria capaz de reduzir o lixo gerado com os descartáveis (que não são nem um pouco ecológicos). Sim, porque muitas de nós sequer conseguem imaginar o tamanho do incômodo de passar pela menstruação com paninhos laváveis. Não é verdade?
Neste feriado eu estava na ecovila conversando com o Hiroshi, amigo, idealizador da comunidade e agrônomo defensor dos orgânicos. O papo girava sobre como adubar a terra com o composto da cozinha, quando resolvi contar a ele que eu adubava algumas plantas em casa com o meu sangue menstrual. Parênteses: os absorventes ecológicos, feitos de tecido de algodão, ficam de molho na água durante 24 horas, antes de serem lavados com sabão de coco. Essa água recebe o sangue com muitos nutrientes e hormônios que são excelentes fertilizantes para a terra. Pois bem. Ele adorou a história e me pediu para doar um pouco dessa solução para ele, para que possa testar em algumas plantas. Achei engraçado e confesso que, por um momento, achei íntimo demais para compartilhar. Mas, em seguida, um pensamento simples tomou conta de mim: por que não? Que mal haveria em adubar a terra?


Bom, se você chegou até aqui no texto é porque se interessou pelo assunto ou, então, ficou tão intrigada(o) e enojada(o) que não conseguiu interromper a leitura. Seja como for, que bom que você chegou até aqui! Gosto dessas coisas estranhas que parecem chacoalhar nossos costumes. Lembra-me aquela história dos macacos no laboratório, conhece essa? É mais ou menos assim: Cinco macacos foram colocados numa jaula. No centro dela havia uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para pegar as bananas, os cientistas jogavam água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco tentava apanhar as bananas, os outros o impediam, com uma grande surra. Após algumas brigas, um dos macacos foi substituído. O novato, é claro, logo tentou chegar às bananas, mas foi reprimido a tapas pelos demais. Tempos depois, ele já não tentava alcançar as bananas. Um segundo macaco foi, então, substituído e o mesmo ocorreu: levou uma surra antes que pudesse pegar uma banana, agora com a ajuda do primeiro macaco trocado. Em poucos dias, um terceiro macaco foi substituído, e depois um quarto e, finalmente, o último dos veteranos. Agora eram cinco novos macacos que, mesmo sem nunca terem tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse comer as bananas. Diz a história que se pudéssemos perguntar a algum deles porque o grupo batia em quem tentasse subir a escada, a resposta seria algo do tipo “não sei, mas sempre foi assim”…
Estamos em tempo de rever hábitos arraigados, executados por repetição sem crítica ou reflexão. Antes de dizer que você não faria isso, que é nojento, que é coisa do passado ou da sua avó, experimente. As surpresas só ocorrem àqueles que tentam. A mulher precisa aprender a valorizar a menstruação como uma época de renovação e cura. Menstruar é natural, bonito e pode ser muito ecológico. Acredite, a terra irá agradecer. As plantas do meu quintal, pelo menos, ficaram muito gratas…



por Giuliana Capello 

sábado, julho 19, 2014

VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA - A voz das brasileiras






Vídeodocumentário popular produzido por Bianca Zorzam, Ligia Moreiras Sena, Ana Carolina Franzon, Kalu Brum, Armando Rapchan.
Produzido a partir de depoimentos reais de mulheres, gravados em suas próprias casas com webcam, celular e máquina fotográfica.



A Triste, revoltante e angustiante de nossa assistência obstétrica. Mais um reflexo da enorme deficiência da saúde pública do nosso país. Embora vale ressaltar, como mostrado no vídeo, que a violência obstétrica não ocorre só na rede pública, cesáreas sem indicação, procedimentos desnecessários e descaso dos profissionais de saúde também acontecem na rede privada, com planos de saúde.

Veja o doc, abaixo, e deixe seu comentário!





sábado, julho 12, 2014

DOC. MISS (FALTA DE) REPRESENTAÇÃO









Como uma das forças mais persuasivas e difundida em nossa cultura, a mídia
 influencia de maneira dramática o jeito de educar as meninas desde cedo, 
sugerindo que o valor principal da mulher reside em sua juventude, beleza e
sexualidade, 
não na sua capacidade de liderar.
Através das perspectivas notáveis da juventude e da análise crítica de estudiosos 
no assunto, Senhorita que Representa vai mudar a maneira como você vê mídia."
"Tudo que o homem não conhece não existe para ele. Por isso o mundo tem, 
para cada um, o tamanho que abrange o seu conhecimento."
(Carlos Bernardo González Pecotche)

"Um povo ignorante é um instrumento cego da sua própria destruição."
(Simón Bolivar).



Veja o Documentário abaixo!




sábado, julho 05, 2014

SER CÍCLICA EM UM MUNDO QUADRICULADO




EM cada ciclo podemos dEsfrutar de nOSSAs Quatro, cinco oU ATÉ seis muLHeres. IncríVeL, verdadE? Sigamos lendo:



 Ilustração: Nerea


Nós vivemos mínimo com quatro mulheres (uma mulher por cada fase do ciclo: menstrual, 
pré-ovulatório, ovulatório e pré-menstrual). 
Sim, sim, como você leu. 
Entenderás que não estou louca, que simplesmente sou cíclica, como todas vocês. 
E wow! Está sendo um processo incrível ;) .
Todas estas mudanças vieram da raiz de comprar a copa menstrual
Sim! digo a verdade!  Comprei simplesmente porque uma amiga me disse que era 
muito cômoda, e eu, que sou um desastre para estar pendente de mudanças, 
decidi comprar uma. 

Me encantou !! 

Se me fez cômoda, limpa, saudável e, sobre tudo me conscientizou sobre meu sangue e meu corpo
Comecei a escutar mais a este último e me dei conta de que sangro muito menos 
do que pensava.
Toda esta mudança me levou a investigar sobre o tema. 
Em minha busca cibernética, encontrei alguns blogs muito interessantes sobre
 mulheres que trabalham para mulheres, que informam sobre nosso ciclo menstrual 
e sobre a importância de escutar nosso corpo. 
Aprender das outras e de nós mesmas, imprescindível neste caminho. 
Tudo isto tem me ajudado a esquecer de prejuízos e medos, para chegar a dizer: 

Eu gosto de menstruar !

Não pelo ato em si, se não pelo que significa: que habitam em mim quatro, cinco ou seis mulheres 
em cada ciclo (isso é demais!) com tudo o que isso supõe.
Com o que eu estou dizendo não quero dizer nem que a todas nós tenhamos que gostar 
da copa, nem que a todas nós interessa esta viagem. 
Cada pessoa têm seus momentos e suas ferramentas. Por isso em um espaço totalmente livre 
como é este, os convido a se despreocuparem com a menstruação e a entender seus corpos 
em total liberdade, minhas queridas Fridas. 
Cada uma a seu ritmo e como mais goste.
Neste processo de mudança tem havido um documentário em concreto que falarei mais 
adiante que me abriu os olhos. 
Me dei conta de que quando nos dói não é porque nos tenha que doer; ainda que nos tenham
colocado na cabeça que a menstruação é uma cruz com a que vamos ter que lidar durante
toda nossa vida (que preguiça!), não tem por que ser assim. 
Os convido a investigar sobre as razões de suas dores (se é que as tem), e se não sofres
com a menstruação, as animo igualmente a que investigues e comece uma viagem incrível para
 vocês mesmas.

Vale a pena!
Não é por isso que o dia a dia é melhor ou pior, mas entenderá a si mesma, entender de onde
vem muitos comportamentos que se repetem durante as mesmas fases cada mês, entender
que isso que cremos que somente nós passa, ocorre também com muitas mulheres: 
entender tudo isso é uma liberação. Erika Irusta, pedagoga especialista em educação
menstrual, escreve o seguinte em seu blog, O Caminho Rubi:

Menstruar mola, mas em esta sociedade, dói. (…)  O ato fisiológico de menstruar
não tem de doer (salvo patologia que tem de ser investigada e tratada corretamente)
pois não há nada desenhado fisiologicamente que esteja saudável e que doa. Culturalmente se
há aceitado a ideia de que os ciclos da mulher (incluídos os da maternidade) tenham de ser
dolorosos porque a dor é propriedade da mulher”.

Há mais soluções que em tomar comprimidos, tudo se
 explica neste documentário 
La luna en ti“ de 

Diana Fabiánová,
 que dura 75 minutos. 

“Mostra uma olhar limpo sobre este tabu que há de deixar 
”.



Pessoalmente, me abriu os olhos em muitos aspectos; 
A sua vez, me enchi de vontade de seguir aprendendo, de criar redes entre nós para 
seguir crescendo e conscientizando-nos juntas.
Este caminho que acabo de começar tem me ensinado a dar-me meu tempo para descansar 
quando necessito e posso, fazer planos divertidos quando fantasio. 
A ficar em casa lendo um bom livro se é o que quero, 
a não estar sempre para os demais se não quero, a ser eu mesma e a não sentir-me mal por isso. 
A entender-me com minhas mudanças e a aproveitar essas mudanças para que meu dia a dia vá 
de acordo com o que pedem corpo e mente. Nem sempre posso, mas tento.

 Além disso, sei que isto não fiz mais que começar e que tenho muitíssimo que aprender.
É complicado ser cíclica em um mundo quadriculado, em uma sociedade em que te 
exigem estar sempre sorridente, trabalhando, cuidando, ser mulher, mãe, esposa, etc. 
não por entender melhor nossos ciclos, mudará a sociedade. Isso está claro. 
Mas sei que mudaremos nós mesmas e podemos aprender a intentar desfrutar de cada fase,

respondendo as necessidades de nosso corpo e nossa mente da maneira 
em que podemos fazer.

Deixo os links e blogs que tem me acompanhado neste processo de mudança pessoal
 cíclico. Vocês, Fridas, conheçam alguns blogs mais?

Mi periodo al naturalhttp://www.miperiodoalnatural.mx/

Para terminar as deixo com esta maravilhosa cita de Jo Macdonald

Curar nosso ciclo menstrual é a chave para nosso auto desenvolvimento. 

Não importa quantas 

terapias faças, ou quantos livros leias, ou quantos cursos tomes, 

nunca vás a lograr viver tua 

vida da melhor maneira possível se não trabalhas em tua relação

 com teu ciclo menstrual primeiro.

Documentário Fortes Mulheres





O fascínio pela figura feminina e seu poder de agregar a família inspiraram André François a buscar emocionantes histórias de amor e desafios por todo o Brasil. Em suas viagens, o fotógrafo encontrou mulheres de várias idades, que são um exemplo para seu país, sua comunidade, sua família e para si mesmas. O documentário aborda questões como gravidez na adolescência, relações familiares, violência doméstica e o enfrentamento de doenças como o câncer: grandes temas que circundam a saúde e o bem-estar da mulher brasileira. Com depoimentos fortes e sinceros, essas jovens e senhoras contam seus relatos e suas experiências de cabeça erguida, com a certeza de que a superação é o caminho para vencer as dificuldades e seguir adiante.

 Para saber mais sobre o projeto e sobre a ImageMagica, acesse: imagemagica.org.br/portal/index.php/trab­alhos-e-projetos/fortes-mulheres/

Assista!! :)